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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Tem vida lá fora?

 
Ultimamente muito se tem falado na mídia da possibilidade de haver vida fora da Terra. É intuitivo pensarmos que num cosmos incomensurável como o nosso, não exista algum tipo de ser vivo fora da Terra. A questão é: que tipo de ser vivo (vida) estamos querendo achar? Humanoides? Tudo indica que sim. Basta ver as fotos dos seres extra terrestres (ETs) que circulam na mídia, principalmente no Facebook. E sim, ETs são humanoides! Segundo o dicionário Michaelis, humanoide: Que tem caracteres humanos; que é semelhante ao homem. E cá entre nós, eles se assemelham, não é?    
     Agora, a probabilidade de haver vida na forma de micro-organismo, é maior (bem maior!) do que humanoides. Talvez seja questão de tempo anunciarem tal descoberta na lua de Saturno, Titã, considerada pelos cientistas um dos lugares mas propícios para o afloramento de micro-organismos.
Recentemente, foi anunciada a descoberta de um planeta potencialmente habitável (Planeta Kepler-452b) com 1,6 vezes o tamanho da Terra. Ele orbita a estrela Kepler 452, em uma zona chamada pelos cientistas de potencialmente habitável pelo fato da possibilidade de haver água no estado líquido. O planeta Kepler-452b não está nem tão próximo nem tão longe de sua estrela, de forma a manter uma configuração semelhante a da Terra em relação ao sol, o que lhe daria créditos para a existência de possíveis humanoides (ou pelo menos micro-organismos).

     Ellen Stofan, cientista chefe da NASA, acredita que aproximadamente em 2025 já teremos informações sobre vida fora da Terra. Mas calma aí... não espere ETs tradicionais! Acredita-se que serão achados vidas na forma de plâncton ou alga. Não podemos esquecer que em 28/09/15 foi anunciada (e que anúncio!) a existência e água salgada em Marte. Que alvoroço! Sim, não é para menos, onde há água...há vida. Pelos menos aqui. Na nossa Lua, já sabemos da existência de água, conforme noticiado pela própria NASA: Encontramos água, não uma pequena porção, mas quantidades significativas", afirmou o responsável pela missão Lcross (Lunar Crater Observation and Sensing Satelite) Anthony Colaprete, em conferência de imprensa.

     Bom, vamos aguardar os acontecimentos em sua ordem natural. Enquanto isso, vamos conviver com as especulações midiáticas e as notícias que merecem créditos por sua veracidade.

   

Para saber mais:

NASA descobre água na Lua




sábado, 19 de dezembro de 2015

Reflexão do dia...


Lembre-se: nesta época que se aproxima, chamada de natal, há muita apelação para o comércio!!
Vamos agradeça, não peça. O maior presente você ganha todos os dias: a própria vida. Faça valer a pena!! Busque sempre o conhecimento. Pois...conhecer, é viver!!!

QUEM ERA SETI ?

Uma figura de um alienígena

Já passava das onze horas da noite quando Seti, sem conseguir dormir, debruçou sobre a janela e ficou olhando para o quintal de sua casa, com belas vegetações e uma linda fonte que jorrava límpida água. A fonte ficava bem no centro do quintal, e Seti ficou olhando para ela, ouvindo aquele barulho de água, na esperança do sono voltar...
     Mas, de repente, ele olha um vulto parado em frente à fonte. O sono, que ameaçava voltar, se foi por completo quando ele identificou a silhueta do ser que ali estava: um alienígena! Sim, só poderia ser, pela morfologia que aparentava. Seti ficou petrificado, não acreditando no que via...
     Aquela silhueta alienígena lentamente chegou à fonte, e começou a beber água desesperadamente, mal sabendo que era observada. Quando acabou, como que atráido pelo espanto de Seti, olhou-o bem nos olhos, e fixaram-se, ambos olhares, por segundos que pareciam horas. Seti gelou. O medo era real...aquela criatura encarando-o, estática...o que ela poderia fazer? Seti rapidamente fechou a janela e as cortinas; não queria acreditar no que tinha acabo de ver...
  Mas...quando virou em direção à sua cama, lá estava aquela criatura alienígena, deitada nela, debaixo dos seus cobertores. Ela o encarava,e lentamente começou a levantar-se, pôs os pés no chão (com dedos enormes) e lentamente foi em sua direção. Seti estava petrificado, queria gritar, mas não conseguia. A criatura cada vez mais perto, perto... Seti estava imóvel. Quando ela se aproximou a tal ponto de tocá-lo, o relógio perto de sua cama emitiu um som agudo, dilacerante, terrível! Seti gritou com tamanha vontade que o alienígena esvaneceu.
     E então Seti acordou, mais um dia se iniciaria.

VELOCIDADE MÉDIA E DESLOCAMENTO



Carlos, que está no Rio de Janeiro, precisa ir para São Paulo. Através de um mapa, traça a rota e descobre que a distância que terá que percorrer de carro é de 432 km. Ele se programa para sair do Rio de Janeiro as 12:00h. Após arrumar sua bagagem e conferir o carro, tem início sua viagem. Ele enfrenta bastante congestionamento no trajeto. Há trechos em que fica mais de uma hora andando e parando. Por fim, após exaustivas 10 h, Carlos consegue chegar a  seu destino. Ele percorreu 432 km em 10 h.  Só que nessas 10 h,, seu carro se movimentou com várias velocidades: Antes das curvas ele teve que frear, acelerar em retas, parar nos semáforos e sem contar o tempo que ficou estacionado para lanchar em uma loja de conveniências.
     Carlos, curioso do jeito que é, então se perguntou? “Se hipoteticamente, eu percorresse essa distância de 432 km em 10 h, de forma contínua, sem parar para nada, e sem frear ou acelerar, qual seria a velocidade mostrada no velocímetro do meu carro? ”. Após alguns minutinhos pensando, ele então dividiu a distância percorrida, que foi de 432 km, pelo tempo gasto para percorre-la, que foi de 10h. Assim, ele pretendia achar quantos km seu carro percorreria por hora caso estivesse com a mesma velocidade sendo mostrada em seu velocímetro durante todo o percurso do Rio a São Paulo. Como resultado, achou 43,2 km/h, ou seja, caso estivesse com uma velocidade constante, ele percorreria a cada hora, 43,2 km. Essa seria sua velocidade média, uma velocidade que é constante no tempo, não variaria porque o carro não aceleraria (aceleração positiva, que aumenta a velocidade), nem frearia (aceleração negativa que diminui a velocidade). Ele estaria em um movimento uniforme não variado, cuja característica é: aceleração nula. “Interessante...”, pensou Carlos. Que estava exausto e foi dormir.
     Na manhã seguinte, ao acordar, tirou o carro da garagem e foi ao supermercado. “Agora vou anotar o tempo e a velocidade em cada trecho da minha casa  até o supermercado. ” E assim o fez: percorreu 200m com o velocímetro marcando 40 km/h. Depois freou para entrar em uma curva, reduzindo a velocidade para 20 km/h. A curva era aberta e tinha 50 m. Logo que saiu da curva, acelerou, pois havia uma reta de 2.500 m. Nesta reta, a velocidade foi de 60 km/h. Ao final da reta, freou para entrar no estacionamento do supermercado, reduzindo a velocidade para 10 km/h. Ele percorreu 30 m até estacionar e chegar ao fim do seu trajeto. Ele também anotou o tempo gasto desde sua casa até o supermercado, que foi de 20 minutos. Após realizar suas compras e retornar para sua casa, Carlos teve uma ideia: “Já sei... vou fazer um gráfico das velocidades em função das distâncias que percorri! " Após pegar um lápis e umas folha, desenhou o gráfico:



L
            Agora podemos ter uma ideia melhor de como foi o percurso de Carlos de sua casa ao supermercado. No eixo dos y, ou da abcissas, temos a velocidade constante que o velocímetro do carro marcou em cada trecho. No eixo dos x, ou das ordenadas, temos a distância percorrida pelo carro em cada velocidade marcada pelo velocímetro. Vemos claramente que a velocidade foi maior quando o carro percorreu 2000 m, é menor quando percorreu 30 m. Após ter construído o gráfico, Carlos somou a distância total percorrida ( 200 m + 50 m + 2000 m + 30 m = 2280 m ou 2,28 km) e como sabia o tempo total gasto ( de sua casa até o supermercado, ele demorou 20 minutos), dividiu a distância percorrida pelo tempo gasto para tal. Obteve: 2280 m / 20 min ou 2,28 km / 0,33 h que é igual a 114 m / min ou 6,91 km / h. Carlos obteve assim a velocidade média que teria caso o trajeto fosse uma semi reta, ou seja,  se  existisse uma avenida que ligasse sua casa ao supermercado, ele a  percorreria a uma taxa constante de 6,91 km / h. Essa taxa constante seria sua velocidade média.
     Ele então deduziu uma fórmula, ou equação, que lhe daria a velocidade média sempre que conhecesse o espaço a posição final e inicial  ( ou deslocamento ) e o tempo gasto para tal: Vm = deslocamento/tempo. Observou que segundo a definição de velocidade média, não importava o que ocorria entre o ponto de partida (posição inicial) e o ponto de chegada ( posição final). Se ele percorresse o mesmo trajeto entre sua casa e o supermercado em 10 minutos e não em 20 minutos, a velocidade média seria 2280 metros dividido por 10 minutos, ou 228 metros por minutos, diferente daqueles 114 metros por minutos obtido num tempo de 20 minutos de percurso. Ou seja: reduzindo o tempo, dobra-se a velocidade para o mesmo deslocamento..
   Carlos então concluiu: subtraindo a posição final da inicial ( 2280 metros, correspondente a chegada ao supermercado, menos 0 metros, correspondente a saída de sua casa) ele obtém uma semi reta ( linha). É como se ele pegasse o trecho percorrido e esticasse para formar uma reta, ou linha, que denominamos deslocamento. Sempre que se calcula a velocidade média de um corpo, estamos supondo que a trajetória do mesmo foi uma reta, com comprimento igual ao seu deslocamento. Por exemplo, se você  andar 50 metros para frente e em seguida virar à direita e andar mais 30 m ( trajetória em forma de L), você terá percorrido 80 m. Suponha que tenha gasto 3 minutos nesse trajeto.  Sua velocidade média seria a posição final menos a posição inicial (80 m - 0 m) dividido pelo tempo gasto (3 minutos), que daria aproximadamente 27 metros por minuto. No entanto, segundo nossa definição, isso equivale a percorrer uma linha reta de 80 metros em 3 minutos. É como se  você pegasse sua trajetória em forma de L e a esticasse, até ficar em forma de I, ou seja, uma linha reta. Quando se aplica o conceito de velocidade média no qual interessa apenas a diferença das posições, não importa as mudanças de direções que ocorrem ao longo da trajetória e mesmos se o objeto deslocamento parou, freou ou acelerou. Temos uma grandeza chamada velocidade escalar média, que é um número. Quando  levamos em conta a mudança de direção ao longo da trajetória, teremos uma grandeza vetorial e, consequentemente, uma velocidade vetorial, que não analisaremos no momento.
     A velocidade escalar média, razão do deslocamento em uma dimensão (lembre-se: independente da forma da trajetória, com muitas ou poucas curvas, muitas ou poucas mudanças de direção, sempre pegaremos esse trajetória e a "esticaremos", para ter o equivalente da mesma em uma linha reta), pode ser positiva ou negativa, dependendo da escolha da posição inicial e final. Se a diferença entre a posição final e inicial for positiva ( deslocamento maior do que zero), teremos uma velocidade escalar média positiva. Caso contrário, teremos uma velocidade escalar média negativa.

NÃO ESTAMOS SÓS...

Nosso planeta é dimensionalmente insignificante no universo. Há milhares de galáxias no universo, e cada uma pode ter diversos planetas similares à Terra. Sendo assim, é possível e bem provável que não estamos sós. Obviamente,o ser inteligente que por ventura habitar um planeta pode diferir na forma e ou pensamento - intelecto.
Já foram detectados milhares de exoplanetas - planetas que orbitam outra estrela que não o sol - com possibilidade de vida, e não apenas vida na forma de bactéria, mas seres complexos.
     Seria muita pretensão pensarmos que estamos sós. Nossa insignificância nos oculta da grande verdade que nos rodeia, e que poucos tem a coragem de admitir: Não estamos sós


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Ciência no cotidiano 

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Física do Cotidiano: Deslocamento e Espaço Percorrido. (parte 1)

Durante as aulas de física, frequentemente - se não sempre - os alunos se perguntam pra que estudar isso? ou onde isso vai ser útil em minha vida? Vamos contextuaizar um dos primeiros conceitos que se deparam quando entram no ensino médio: cinemática, especificamente o deslocamento e o espaço percorrido. Para isso, vamos acompanhar o trajeto que Lúcio, um estudande do primeiro ano do ensino médio,  faz todos os dias de sua casa ao colégio.
   Lúcio sai de sua casa às 6:30 h. Percorre uma rua reta de 200 metros em 10 minutos, virando em seguida, num ângulo de 90° para a esquerda, onde percorre outra rua de 100 metros em 3 minutos. Novamente, vira 90º para esquerda e percorre mais uma rua de 200 metros em 8 minutos, chegando à porta do colégio. Ele gastou um tempo total de 21 minutos para percorrer uma distância de 500 metros. Sua trajetória foi em forma de U. Exatamente naquela manhã, ele estudou cinemática, onde foi abordado o conceito de espaço percorrido e deslocamento. Seu professor disse que espaço percorrido era exatamente a distância que um móvel percorre entre uma posição inicial e final. E deslocamento era a distância da "linha" que une a posição inicial à posição final. 
  Após a aula, quado chegou em casa, aplicou o que tinha aprendido na escola: "Como minha trajetória foi em forma de U, meu espaço percorrido, ou distância, foi a soma dos comprimentos das três ruas (200 m + 100 m + 200 m = 500 m), que é efetivamente o espaço existente entre minha origem e destino, ou seja, da minha casa ao colégio. Porém, meu deslocamento, que é a distância entre minha posição final e inicial ( eu ligo uma linha que sai da minha posição inicial e termina na minha posição final) foi de 100 m, ou o comprimento da segunda rua."
  Matematicamente, temos: d = d1+d2+d3 = 200 m + 100 m + 200 m = 500 m, onde d = a distância ou espaço percorrido. E S = Sf-Si = 200 m - 0 m = 200 m, onde S é o deslocamento, Sf é a posição final e Si é a posição inicial. Lembre-se que a posição inicial é a origem. Lúcio então percebeu que ele percorria todos os dias 500 m para ir para o colégio, no entanto deslocava-se 200 m. Essa é a diferença entre espaço percorrido (ou distância) e deslocamento.

No próximo encontro, Lúcio aprenderá velocidade média, e ele aplicará na prática esse novo conceito. Vamos acompanhá-lo?

CIENTISTAS vs DEUS

Muitos cientistas não acreditam em Deus. Tudo bem, é o livre arbítrio. Muitos são ateus ou acreditam puramente numa explicação "racional" das coisas. Mas façamos uma reflexão: Se o universo surgiu do big bang, a teoria mais aceita hoje, o que tinha antes? Se o universo se expande, expande para onde? São perguntas clássicas que ao longo dos tempos deixaram e deixam muitos sábios embaraçados. Eles sempre procuram uma origem primordial, um "momento uno".

     Mas seria racional também, aceitarem que nossa inteligência, por mais que evolua aqui na Terra, ainda assim sempre será limitada. Alguns cientistas já sabem disso, e sendo assim, acreditam em Deus. Deus é uma "força" que dá sentido onde a racionalidade não vê sentido; é uma "força" que governa tudo e a todos, com um propósito que agora, diante de tantos desastres e violências das mais diversas, começa a ficar elucidada para muitos céticos.
   
 Se os cientistas não conseguem explicar a origem do homem, o elo perdido, como explicar a não existência de Deus? Temos que entender: há um governante supremo. Nós e tudo mais fazemos parte de um todo; não o somos. Quando olhamos uma foto da Terra tirada do espaço, vemos o quão insignificante somos perante o vasto e desconhecido universo, mas somos extremamente significantes para Aquele que nos criou.

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RAIOS X vs CÂNCER

Toda vez que uma pessoa se submete a um tipo de exame que utilize radiação ionizante, ela está adquirindo uma probabilidade de desenvolver um câncer ou outro dano à saúde no futuro. Mas calma... essa probabilidade depende diretamente da modalidade de exame (radiografias, tomografias ou radioterapia, etc.). Essa dependência se explica pelo fato da energia emitida pelo equipamento, assim como o tempo de emissão da mesma, variar de uma modalidade para outra. Por exemplo, num exame de raio X de tórax, o tempo de exposição é em média 0,2 s, já uma tomografia de tórax pode ter uma exposição de raio X em média de 6 s.
   É intuitivo que, quanto maior o tempo de exposição, maior a probabilidade dos raios X interagirem a nível atômico e molecular, podendo culminar, a médio ou a longo prazo, em câncer ou outro dano à saúde. Vale lembrar que a repetição de exames aumenta essa probabilidade. Portanto, questione se pedirem repetição de exame.
    Basicamente, o que diferencia um exame do outro, em termos de energia que atravessa o paciente, são três parâmetros indispensáveis a qualquer equipamento que emita raios X: primeiro, a tensão do tubo, responsável pela energia dos raios x, dada em kVp, ou kilovoltagem de pico. Quanto maior o kVp, mais energético e mais penetrante são os raios X. Segundo, a corrente, ou mA, que diz respeito ao fluxo de elétrons que produzirão os raios X. Quanto maior a corrente, maior a intensidade de raios X produzidos. Terceiro, o tempo de exposição, geralmente medido em segundos, que é o tempo de produção dos raios X. Quanto maior o tempo, maior a exposição.
     Vamos abordar nos próximos posts, o risco associado a um eventual dano (em números) ao se fazer um exame que utilize radiação ionizante. Até a próxima. Compartilhe!

A GLOBALIZAÇÃO NOS SEPAROU DE NÓS MESMOS

Na época de Galileu, Newton, Descartes e outros grandes nomes da intelectualidade, não haviam instrumentos midiáticos que os despertassem para um mundo paralelo de futilidades; um mundo atrofiador da mente. Com o advento da tecnologia, o fluxo de informações e facilidades operacionais nos levou para um mundo ocioso, antagônico ao mundo do pensar e fazer.
   As pessoas se comunicavam principalmente via cartas e oralidade, de forma que o mundo em que viviam tinha dimensões proporcionais aos acontecimentos das pequenas cidades, vilas e afins. Às vezes , um fato ocorrido numa cidade vizinha era totalmente desconhecido na outra, de forma que as populações estabelecidas em médias e pequenas extensões territoriais eram "fechadas", se comunicando apenas por viajantes que traziam e levavam notícias defasadas, ou pelos mensageiros, que eram pessoas encarregadas de noticiar determinado fato a outrem em outra localidade.
  Bom, hoje as coisas mudaram. Mudaram tanto que há certo desejo de não sabermos de nada, de voltarmos duzentos a trezentos anos e não compartilhar a nossa vida com o mundo fora dos muros. O estrondoso desenvolvimento tecnológico propiciou estarmos em vários lugares ao mesmo tempo e de sabermos noticias de todo o mundo e mesmo de fora dele. Às vezes, sabemos mais sobre os outros de que nós mesmos. Isso tudo tem um nome: globalização.
   A globalização, que nos conecta a todos e a tudo, nos desconecta de nós mesmos, tamanha a gama informacional que absorvemos. Temos que começar o dia sabendo o que houve ou esta havendo a milhares de quilômetros; o que os políticos pensam; o que as instituições estão fazendo; qual país esta atacando e qual esta se defendendo; quem morreu e quem está nascendo. Tudo faz parte de nós, e nós não fazemos parte de tudo. A globalização é a mentora disso.
   Mas sem globalização não viveríamos hoje, e hoje não viveríamos sem globalização, pois uma decisão depende da outra que ocorre em algum lugar no planeta: uma nação se enriquece ou se empobrece de acordo com o pensamento de alguns estrangeiros, e nós vivemos ou morremos ao bel prazer do mundo, mundo este que criamos. A globalização nos separou de nós mesmos, e a humanidade a vem criando desde os tempos mais remotos, e nos tempos atuais ela esta amadurecida. Antes de perguntarmos quem somos nós, devemos perguntar: Quem são os outros?

DA TERRA PARA MARTE

Em breve estaremos em Marte. Já sabemos o suficiente sobre esse planeta a ponto de lá chegarmos. Nos estabelecermos, no entanto, náo é garantido. Há riscos que só ao vivo e a cores podem ser vivenciados. Aqueles que forem os primeiros a se aventurarem à Marte, poderão ser heróis ou mártires. É uma questão de sorte.
     Será que existe vida em Marte? Aqui na Terra estamos loucos para saber a resposta. Ansiamos para que os primeiros astronautas exploradores de Marte nos responda. Será uma resposta ínclita, que ficará para história. Claro, se for afirmativa. Nós terráqueos queremos uma responsta afirmativa. 
    Enquanto isso, vamos ficar admirando o planeta vermelho, pois também em breve, com a chegada dos terráqueos, ele pode mudar de cor...talvez devido ao aquecimento global...



CAPACIDADE TÉRMICA

Jonas acordou com sua mãe lhe chamando. Já estava na hora de se arrumar para ir para escola, e aquela cama quentinha teria que ser abandonada. "Já vou, mãe...", disse Jonas sonolento. "Não demore! O café já está sendo coado...", disse sua mãe. Ele adora aquele cheirinho de café que se espalhava por toda casa. Isso lhe dava ânimo! Depois de uns dez minutinhos, Jonas se juntou a seus pais na cozinha para o dejejum. “Mais um minutinho e o café já estará pronto...”, disse sua mãe. Enquanto isso, Jonas ficou contemplando aquele bule no fogão, sobre aquela chama azulada, e lembrou da aula de calometria que tivera no dia anterior...
     Ao colocar o bule sobre a chama, esse recebe calor...(ah, sim! Jonas sabia que calor era a energia em trânsito; em movimento. Sempre do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura. Voltemos à Jonas.) da chama, pois a chama está a uma temperatura maior do que a do bule. À medida que vai aquecendo, o bule vai ficando com uma temperatura maior do que a água em seu interior. A água então passa a receber calor do bule, que acarretará em aumento de sua temperatura, até a fervura para o delicioso café.
     Jonas sabia que quanto mais tempo o bule permanecesse sobre a chama, maior seria a temperatura do bule. Na aula de calometria, ele aprendeu que existe uma grandeza física para medir esse fenômeno: Capacidade térmica, ou simplesmente C. Ela é igual a quantidade de calor recebida pelo corpo dividida pelo aumento de temperatura resultante desse calor recebido. Sua unidade é caloria por grau Celsius.
     Jonas estava adorando estudar termodinâmica, disciplina da física que aborda a relação do calor com outras formas de energia e sua dinâmica (movimentação).Ele estava gostando também pelo fato de ver na prática o que se aprende na teoria. Isso faz toda a diferença. “Jonas, o café está esfriando...” disse sua mãe. “Na verdade, mãe, ele está perdendo calor...”E assim Jonas tomou seu delicioso café e foi rumo a mais um dia de aprendizagem na escola... 

ENTROPIA


Ao deixarmos uma xícara de chocolate quente sobre a mesa, perceberemos que, à medida que o tempo passa, a temperatura do saboroso chocolate quente vai diminuindo. Isso se deve a contínua perda de calor para o meio, e aqui meio engloba a xicara e o ar. Lembrando que o calor sempre flui do corpo com maior temperatura para o corpo de menor temperatura.
      Essa perda contínua de calor do chocolate quente para o meio, faz com que suas moléculas diminuam o grau de agitação, consequentemente, há uma redução do volume do chocolate quente, que aos poucos vai se tornando chocolate morno, até chegar a chocolate frio. Se focarmos nas moléculas ou átomos que constituem a bebida, perceberemos que a medida que o calor flui do líquido para o meio, haverá uma diminuição no grau de agitação dessas moléculas, que antes estavam freneticamente se movendo para todas as direções com certa ira; se chocavam fortemente na superfície interna da xícara e com outras moléculas do chocolate quente. Havia uma desordem acentuada, concorda?
     Pois bem, com a perda de calor, as moléculas ficaram mais organizadas; menos frenéticas. Já não estavam tão violentas! Consequentemente, houve um aumento da ordem; uma suavização de seus comportamentos, que ocasionou a redução de volume do chocolate e reduziu a pressão na superfície interna da xícara. Mas uma pergunta surge: Para onde foi esse calor? Algo deve ter ficado quente para que o chocolate quente esfriasse, não é verdade?  E o que ficou quente foi a xícara (que também perde calor para o ar) e o próprio ar, que recebeu calor diretamente do chocolate quente. Podemos dizer que a temperatura ao redor da xícara aumentou (o ar ficou mais quente) ao preço da diminuição da mesma na bebida. Em outras palavras: as moléculas de ar ao redor da xicara ganharam desordem (ficaram mais violentas).
     E se olharmos agora para essa região ao redor da xicara, também perceberemos que com o passar do tempo, ela irá se esfriar, ou seja, perder calor para o ar logo a frente, e assim por diante. Seguindo esse raciocínio de continuidade de perda de calor para algo a frente, e consequente diminuição de temperatura do corpo que perdeu calor, concluiremos que a desordem das moléculas SEMPRE aumenta no decorrer do TEMPO. E a grandeza física que mede essa desordem chama-se ENTROPIA. E como acabamos de concluir, ela sempre aumenta!!

DISTÂNCIA E LUZ

               
Ao olharmos para o firmamento, nos deparamos com estrelas cintilantes que lá estão há bilhões de anos. Tão distante de nós, que sua luz traz seu passado. Ao chegar até nós, a luz de uma estrela pode a ter deixado à bilhões de anos atrás; podendo essa estrela estar morta. Isso nos dá uma ideia da dimensão do universo.
                O nosso sol, que dista aproximadamente 150.000.000 km da Terra, emite luz que nos atinge em 8 m. Sendo assim, o exato momento em que ele se põe no horizonte, ocorreu na realidade, há 8 min.  E mais: Se o sol se apagasse de repente, durante 8 min o veríamos a brilhar como se nada tivesse acontecido, para então presenciarmos a escuridão.
                Bom, embora 150.000.000 km seja uma distância colossal para nós aqui na Terra, em termos cosmológicos não é quase nada. Usa-se uma unidade chamada ano-luz. Por definição, é a distância percorrida pela luz em um ano, e olha que a velocidade da luz é (aproximadamente) 300.000 km/s! Impactante, não é? Em mero 1 s, a luz percorre 300.000 km! É por isso que quando você está teclando com alguém do outro lado do mundo, tem a sensação de instantaneidade.
                Andrômeda, a galáxia espiral mais próxima da Via Láctea, dista 2,54 milhões anos-luz. Passando para km, teremos   24,13x10^18 km!!!! Quando um telescópio fotografa uma imagem dessa galáxia, essa imagem tem quase 3x10^12 anos!! Uma imagem bem velhinha, não é? Mas que sempre nos encanta! Já a imagem da lua, demora aproximadamente 1,3 s para nos atingir. Ela tem o equivalente a 4,1x10^-8 ano! Bem diferente da idade da imagem de Andrômeda.
                Bom, com tudo que foi exposto, temos que concluir que somos um infinitésimo no cosmos. Viajar cosmicamente, só quando descobrirem uma forma de abrir um buraco de minhoca no espaço-tempo...