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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Raios X - um breve histórico

    
Wilhelm Conrad Röntgen, um físico alemão, descobriu os raios X em 1895. Devido à revolução científica e médica que tal descoberta propiciou , foi laureado com o prêmio Nobel de física em 1901. A recompensa pela conquista (algo em torno de um milhão de reais), foi doada por Röntgen a sua universidade  Würzburg. Segundo ele, a ciência deve estar a serviço da humanidade e não do lucro.
     Tão maravilhado ficou Röntgen com a descoberta dos raios X, que presenteou sua esposa com aquela que  foi a primeira radiografia da história: uma foto do interior da mão da  Sra. Röntgen.
     Rapidamente a notícia daqueles raios descobertos pelo cientista se espalhou. Que raios mágicos são esses, que possibilitam olhar dentro do corpo? - perguntavam as pessoas. Foi um frenesi geral. E a radiologia teve início nesse momento. Apenas uma entrevista foi concedida pelo cientistas, que rapidamente ganhou fama. O sortudo foi o jornalista H.J.W. Dam, da revista McClure´s Magazine, em abril de 1896.
     A primeira radiografia nos EUA, foi de uma fratura de punho, tirada em 1896, no dia 3 de fevereiro, pouquíssimo tempo após a descoberta dos raios X. E quem a tirou foi um astrônomo: Edwin Frost. Edwin, na ocasião, era assistente de seu irmão médico.
     Mas não demorou muito para que se descobrisse na prática que aqueles raios X tinham um potencial para causar danos biológicos. Na prática médica da época, uma simples radiografia de mão exigia algo em torno de 20 minutos de exposicao da mão aos raios X. Sem falar que o tubo não era blindado, o que aumentava e muito a exposição do indivíduo  (paciente ) e profissional  (médico ). 
      Os primeiros sinais dos danos causados à saúde pelos raios X foram queimaduras na pele, que surgiam no local da exposição. Eram as radiodermtes. Posteriormente, vários tipos de cânceres foram associados aos raios X.
    Embora os benefícios sejam evidentes, o uso dos raios X deve ser parcimonioso. Quanto mais exposta fica uma pessoa a essa radiação, mais chance de ter um dano biológico. Ainda hoje, encontram-se situações parecidas com aquelas dos primórdios da radiologia nos hospitais e clínicas radiográficas. 
     Para evitar os danos causados ao homem pelos raios X, que classificamos  como radiação ionizante, existe a proteção radiológica. Seu principal objetivo é reduzir os riscos biológicos e maximizar os benefícios.
     Seremos sempre gratos a Röntgen por essa revolução, principalmente na área médica, que possibilitou uma melhora significativa na qualidade de vida das pessoas. Mas temos que ter em mente que seu uso deve ser apenas em último caso.


Até a próxima! !





     

sexta-feira, 4 de março de 2016

Radiação ionizante natural (parte1)

De uma forma de geral, associa - se a doença câncer à radiação ionizante. E essa radiação ionizante está associada à  procedimentos realizados em ambientes hospitalares, tais como radiografias, tomografias, radioterapias, medicina nuclear, dentre outros.
Mas talvez o que poucos sabem, é que essa radiação ionizante se apresenta de forma natural na natuteza; obviamente em menor intensidade do que as usada no ambiente hospitalar.
Mas antes de entrarmos nessa discussão, façamos uma breve recapitulação do que vem a ser radiação ionizante: radiação ionizante é aquela com energia  suficiente para ejetar um elétron da eletrosfera de seu átomo. Surge, então, uma configuração eletrônica de modo que a carga líquida da átomo seja positiva  (considerando o átomo neutro ). Por exemplo,  o átomo mais simples na natureza, é o hidrogênio. Ele possui um elétron e um próton. Sua carga líquida é zero, pois o elétron negativo mais o próton positivo resulta em zero.
Agora,  se uma radiação incide nesse elétron e o ejeta,  a carga líquida agora será positiva. Dizemos então que o átomo está ionizado, com alto poder de reatividade, uma vez que tenderá buscar o equilíbrio novamente, adquirindo um novo elétron. Também podemos dizer que um par iônico foi criado ( elétron negativo que agora está livre mais o átomo positivo de hidrogênio).
Com isso em mente,  passemos as radiações ionizantes naturais.
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Mas falarei numa próxima postagem. Se inscreva no blog para receber a notificação!!
Até breve.
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sábado, 19 de dezembro de 2015

RAIOS X vs CÂNCER

Toda vez que uma pessoa se submete a um tipo de exame que utilize radiação ionizante, ela está adquirindo uma probabilidade de desenvolver um câncer ou outro dano à saúde no futuro. Mas calma... essa probabilidade depende diretamente da modalidade de exame (radiografias, tomografias ou radioterapia, etc.). Essa dependência se explica pelo fato da energia emitida pelo equipamento, assim como o tempo de emissão da mesma, variar de uma modalidade para outra. Por exemplo, num exame de raio X de tórax, o tempo de exposição é em média 0,2 s, já uma tomografia de tórax pode ter uma exposição de raio X em média de 6 s.
   É intuitivo que, quanto maior o tempo de exposição, maior a probabilidade dos raios X interagirem a nível atômico e molecular, podendo culminar, a médio ou a longo prazo, em câncer ou outro dano à saúde. Vale lembrar que a repetição de exames aumenta essa probabilidade. Portanto, questione se pedirem repetição de exame.
    Basicamente, o que diferencia um exame do outro, em termos de energia que atravessa o paciente, são três parâmetros indispensáveis a qualquer equipamento que emita raios X: primeiro, a tensão do tubo, responsável pela energia dos raios x, dada em kVp, ou kilovoltagem de pico. Quanto maior o kVp, mais energético e mais penetrante são os raios X. Segundo, a corrente, ou mA, que diz respeito ao fluxo de elétrons que produzirão os raios X. Quanto maior a corrente, maior a intensidade de raios X produzidos. Terceiro, o tempo de exposição, geralmente medido em segundos, que é o tempo de produção dos raios X. Quanto maior o tempo, maior a exposição.
     Vamos abordar nos próximos posts, o risco associado a um eventual dano (em números) ao se fazer um exame que utilize radiação ionizante. Até a próxima. Compartilhe!