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domingo, 28 de julho de 2019

Índia rumo à Lua

Há em curso uma corrida espacial, dessa vez sem cunho político direto. Nos últimos anos a hegemonia americana e russa, nas figuras da NASA e Roscosmos, respectivamente, está sendo aos poucos diluída. China e Índia estão ganhando destaque, sem fala em Israel. A Rússia até o momento está bem discreta na questão espacial.
Jipe Pragyan na rampa de descida do módulo Vikram — Foto: Indian Space Research Organisation - GODL
No dia 22 de Julho de 2019, a Índia enviou à Lua a sonda Chandrayaan-2 (Nave Lunar). Diferentemente da missão antecessora, Chandrayaan-1, que enviou um orbitador lunar a fim de estudar o satélite natural e preparar o terreno para atual missão,  Chandrayaan-2 tem como objetivo pousar um jipe (Pragyan) na Lua para estudar a região polar, uma região de difícil acesso.

Em Setembro de 2019, o orbitador lançará na Lua um módulo com o jipe Pragyan dentro. A figura ao lado mostra o conjunto.
Quando pousar e sair do módulo, a expectativa de vida do jipe são de 14 dias. Seus instrumentos devem medir o ciclo térmico lunar, terremotos , topografia lunar, minerais lunares e gelo, dentre outras atividades. 

A missão será uma prova na qual a agência espacial indiana atestará sua capacidade para entrar no rol das potências espaciais. A Lua, nos últimos anos, tem sido exaustivamente estudada para se tornar uma base para missões à Marte. 

A NASA já anunciou que em 2024 voltará com uma missão tripulada, e uma mulher fará parte. Provavelmente teremos um bloco das potencias espaciais em um futuro próximo, bloco esse que ditará as regras  tanto em termos de exploração científica quanto de turismo espacial em nosso satélite natural.

A Índia já deixou claro que não quer ficar de fora desse bloco. 





quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Sonda Voyager Rumo Ao Infinito

Em 5 de setembro de 1977, uma nave cortava o céu da Flórida. Abordo do foguete Titan III - Centaur, com  seus 50 metros de altura e 635 toneladas, aquela nave ia para uma missão histórica: estudar Júpiter e Saturno. E posteriormente, adentrar na imensidão do cosmo, somando no dia 7 de janeiro de 2019: 41 anos, 4 meses e dois dias de missão.

Mas ela não estava só. Em 20 de agosto de 1977, também cortava o céu da Flórida, outra nave. Seu objetivo: estudar os  quatros planetas gasosos do sistema solar. Impulsionada pelo foguete Titan III-Centaur, ela não só chegou nas órbitas dos planetas, enviou fotos e dados inéditos como também está rumo ao espaço desconhecido. 

Estamos falando das duas naves Voyagers, II e I, respectivamente e componentes do programa espacial americano de mesmo nome. A ordem inversa se justifica pelo fato da Voyager I, lançada posteriormente, atingir seu objetivo (estudar Júpiter e Saturno) antes da Voyager  II atingir seus objetivos (estudar, além de Júpiter e Saturno, Urano e Netuno).

Quando passou pelo planeta Netuno, em 1989, uma nova missão iniciou-se: a Missão Interestelar. Nessa missão, que na verdade é uma extensão da missão Voyagers, os instrumentos duas naves continuaram coletando informações sobre o Sol, particularmente sobre a heliosfera (região periférica do Sol) e a heliosheath (uma região da heliosfera onde os ventos solares são turbulentos).

A estrela mais brilhante do céu, Sirius, estará a uma distancia de aproximadamente 4,3 anos-luz da Voyager II, isso daqui a meros... 296000 anos. Já a Voyager I, daqui a 40000 anos, estará a 1,6 anos-luz da estrela AC+793888, da constelação de Girafa.

Mas... o grand finale, ainda está por vir: levar mensagens da Terra a possíveis civilizações desse imenso cosmo. As mensagens estão em dois discos de ouro, um em cada nave. Eles contem sons e imagens referentes a vida na Terra. Um cartão de visitas terráqueo. Mas provavelmente não saberemos o real destino das naves, já que suas baterias irão acabar e nenhum contato será possível com a Terra em meados de 2030.

Nós terráqueos seremos eternamente gratos pelos serviços prestados pelas naves Voyagers I e II. Até lá, vamos de carona com elas, coletando informações incríveis neste imenso espaço vazio que pode estar cheio de surpresas.





quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Não devemos colonizar Marte!


Segundo o astronauta Willian Anderns, participante da missão Apollo 8 e portanto um dos primeiros a orbitar a Lua em 1968, não faz sentido todo esse frenesi por colonizar Marte. 


Anderns afirma que o risco é muito alto, pois envolve desde a decolagem do foguete, a viagem em si pelo espaço hostil e a aterrissagem no planeta vermelho. Ele destaca o fato de que durante a viagem pelo espaço, algo em torno de 6 meses, o risco de desenvolver câncer, osteoporose, redução da massa muscular e redução da visão já são fatores suficientes para desqualificar tal ensejo. A não ser que o futuro astronauta tenha consciência que dificilmente voltará a Terra, e se voltar... não será o mesmo.

Porém apoia a ideia de missões não tripuladas, por motivos óbvios e pelo fato se serem mais viáveis economicamente para a NASA.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Mundo Espacial Agitado Nos Próximos dias!


Hoje, 31 de dezembro de 2018, a sonda OSIRIS-Rex entrará em órbita ao redor do asteroide Bennu. A sonda foi lançada em 8 de setembro de 2016, com a desafiadora missão de coletar amostras de poeira e rochas do asteroide e retornar à Terra, em setembro de 2023.
O grande interesse em Bennu se resume no fato de ser uma amostra da infância do nosso sistema solar e um potencial colisor com nosso planeta por volta de 2100.



Outra missão, a New Horizons, no primeira dia do ano mostrará o objeto mais longe já visitado por nós terráqueos: trata-se do Ultima Thule, localizado no cinturão de Kuiper, região pós órbita de Netuno. A sonda estará a 3.500 km do astro às 5 horas e 33 minutos do primeiro dia de 2019. 
Espera-se que nas próximas 72 horas seguintes a aproximação histórica, as câmeras da sonda capturem imagens em alta resolução do astro. A NASA pretende divulgar algumas imagens já no dia 2 de janeiro de 2019.



Já para o dia 3 de janeiro de 2019, está prevista a aterrissagem da sonda chinesa Chang´4 no lado escuro da Lua. Na verdade, a sonda é um rover, ou jipe de exploração. 
Alguns objetivos: mensurar a temperatura da superfície lunar; mensurar a composição química das rochas e solo lunar; estudar raios cósmicos.
Os chineses também testarão a viabilidade de cultivo de batatas e crescimento do bicho-da-seda em ambiente de microgravidade.


Bom, o ano terminará e começará com grandes aventuras e emoções no campo da exploração espacial. E que 2019 nos traga muitas descobertas acerca desse cosmos incomensurável.


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sábado, 15 de dezembro de 2018

Exploração de Marte

No dia 26 de novembro de 2018, a sonda espacial INSIGHT pousou em solo marciano. Mais uma. Está ficando cada vez mais comum pousar sondas lá. É mera questão de tempo um terráqueo andar em solo marciano, graças às aprendizagens trazidas por décadas de informações da exploração do planeta vermelho; seja por observações da Terra, satélites enviados ou sondas e rovers aterrissados.

Foto tirada pela sonda INSIGHT, em 27
de novembro de 2018.
A Sonda INSIGHT estudará atividades sísmicas  e fluxo de calor oriundos do interior do planeta. Ela ficará estática, exatamente no mesmo local que pousou. A estimativa de duração da missão são dois anos.

Após percorrer 482 mil quilômetros, a sonda não apresentou avarias, o que é uma vitória, dados os riscos associados à missão. Ela pousou em região em Marte livre de rochas, e Elysium Planitia.

Com previsão para colonizar Marte em 2030, a sonda INSIGHT é mais uma ferramenta que auxiliará os cientistas na elaboração do plano de colonização. Estamos chegando cada vez mais perto de tocar o solo marciano com uma bota.

Até breve!